quarta-feira, 15 de junho de 2011

Internet colaborativa ganha novos adeptos



O termo wiki é utilizado para designar uma rede de páginas web contendo as mais diversas informações, que podem ser modificadas e ampliadas por qualquer pessoa através de navegadores comuns. A Wikipedia, por exemplo, o maior site que segue esse moldelo, agrega mais de 67 milhões de artigos em 272 idiomas ou dialetos. O site figura sempre nas listas dos mais acessados todos os anos. Além dessas plataformas, as redes sociais também estão ocupando um espaço significativo no que diz respeito à colaboração online. O YouTube, por exemplo, acaba de criar uma biblioteca de vídeos que conta com a licença Creative Commons, ou seja, que podem ser incorporados, distribuídos e editados pelos usuários - desde que não sejam usados com fins comerciais. Já o Twitter e o Facebook, por exemplo, também servem como canal e espaço para disseminação de conteúdo, tanto de notícias, quanto de opinião.

“A colaboração existe quando pessoas com objetivos comuns se encontram, e a internet, de certo modo, amplia as possibilidades disso acontecer”, diz o autor do livro “Conectado”, Juliano Spyer. De acordo com ele, as vantagens de uma web colaborativa são um menor esforço de coordenação para se atingir um resultado e a perspectiva de que o seu esforço ajude mais pessoas. Para Spyer, isso acontece porque a internet é um arquivo onde qualquer informação pode ser armazenada, copiada e encontrada com facilidade.

Alguns estudiosos de comunicação e tecnologia alegam que essa colaboração excessiva pode tornar a internet um espaço onde as informações não são confiáveis. Daí o termo “O culto do amador”. Para Andrew Keen, maior defensor de uma web com nenhuma inferência, nos próximos anos, no mundo digital, as pessoas es­tarão acostumadas a uma informação superficial. De acordo com ele, os “amadores” que estão construindo essa nova web são desqualificados para, por exemplo, editar artigos na Wikipedia ou expressar uma opinião através de blogs. “Se mantivermos esse ritmo, haverá mais de 500 milhões de blogs em 2012, corrompendo e confundindo coletivamente a opinião popular sobre todas as coisas, da política ao comércio, às artes e à cultura”, avalia o escritor.

Duda Gueiros

Fonte: Folha de PE


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